Talvez você gaste 2 mil reais por ano (ou mais) com o seguro do carro, mas não pague menos de 10% disso para proteger sua família se acontecer algo inesperado com você. Está na hora de pensar no seguro de vida como um item básico de planejamento financeiro, e não como mais um produto das seguradoras que você nunca vai usar.
“É difícil pensar com frieza que todos nós vamos morrer, que isso pode acontecer a qualquer momento e que sua família precisará respirar quando você morrer. Esse não é um dinheiro jogado pela janela”, esclarece o educador financeiro José Vignoli, do SPC Brasil.
O seguro de vida paga uma indenização a quem você escolher logo após a sua morte, reduzindo o impacto no padrão de vida das pessoas que dependem financeiramente de você por um período. Alguns também pagam os custos do funeral.
Você também pode receber esse dinheiro em caso de invalidez ou doença grave. As apólices podem incluir uma infinidade de outras coberturas.
O pagamento da indenização é isento de Imposto de Renda e, em caso de morte, é feito independentemente do inventário ou da partilha de bens entre os herdeiros, que podem demorar. “A morte de alguém é um momento sensível, em que a vida parece travar, mas as despesas continuam”, lembra a educadora financeira Cássia D’Aquino.
Quanto custa um seguro de vida?
Para incentivar que os consumidores façam seguro de vida, a Proteste (associação dos consumidores) realizou um levantamento do preço de coberturas nas maiores seguradoras do país, segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Na avaliação da associação, uma cobertura básica precisa incluir, no mínimo, indenização por morte natural, por morte acidental e por invalidez permanente por acidente. Algumas das coberturas básicas das seguradoras pesquisadas já incluem coberturas adicionais no preço.
Os valores foram calculados para um consumidor com o seguinte perfil: homem, administrador de empresas, com 35 anos, 70 quilos, 1,70 metro de altura, casado, não fumante e não obeso.
Como é calculado o preço?
Quanto mais jovem e saudável você é, mais barato é o seguro de vida. Ao contratar uma apólice, é preciso fornecer informações verdadeiras sobre o seu estilo de vida e estado de saúde. Para calcular o preço, a seguradora considera a probabilidade do consumidor morrer durante o período de vigência do produto, normalmente de um ano. “Calcular o preço é complexo. Pode ser muito barato ou muito caro, dependendo do valor de indenização que você quer receber e dos acessórios que incluir na cobertura”, explica Aura Rebelo, diretora de marketing e canais da Icatu Seguros.
O seguro de vida é mais caro para mulheres, por causa da expectativa de vida maior. Lembre-se que o preço do seu seguro de vida será reajustado a cada ano, pela sua idade e por um índice de correção monetária que acompanha a inflação, determinado no contrato.
Muitas pessoas superestimam o preço do seguro de vida, como mostrou um levantamento da Icatu Seguros. A pesquisa perguntou a 300 consumidores que não são clientes da seguradora quanto eles acham que custa um seguro de vida, de acordo com a sua idade e condições de saúde. Os entrevistados atribuíram um preço até 2,5 vezes acima do valor real.
Um seguro de vida tradicional para um homem de 30 anos, com boas condições de saúde, por exemplo, custa 75 reais por mês (900 reais por ano) nesta seguradora. A cobertura inclui indenizações em caso de morte (200 mil reais), invalidez (300 mil reais) e assistência funeral (5.500 reais). No entanto, 30% dos entrevistados estimaram um custo 150% maior, de 187 reais (2.244 reais por ano).
“Esse não é um produto anunciado na televisão. Um carro, por exemplo, é um sonho de consumo, e o seguro de vida não é, o que distancia ele das pessoas”, analisa Aura.
Como saber o valor da indenização que você precisa?
Não existe uma fórmula para fazer essa conta. Comece calculando todos os gastos que você tem na vida e quanto eles custam por mês, para manter todas as pessoas que dependem de você financeiramente (veja como fazer um orçamento financeiro e quais planilhas e aplicativos podem te ajudar nessa tarefa).
Então, estime por quanto tempo sua família precisaria desse dinheiro para se manter sem você, até se reestruturar. Você pode escolher, por exemplo, que quer ter uma indenização que pague a educação dos seus filhos até o fim da faculdade.
Se não tem tanto dinheiro assim para bancar um seguro com uma indenização tão alta, invista em um produto que pague, pelo menos, um ano de despesas, como sugere o educador financeiro José Vignoli, do SPC Brasil.
Lembre-se de incluir na conta sua renda investida em aplicações financeiras, se tiver, e suas dívidas que ficarão para a sua família pagar. Se achar muito difícil fazer essa conta sozinho, o corretor de seguros ou um planejador financeiro podem ajudar.
Faça uma revisão a cada cinco anos para entender se a cobertura contratada continua adequada para a sua necessidade, como recomenda o presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Edson Franco.
O tamanho da indenização que você precisa pode aumentar ou diminuir com o tempo, conforme o que acontecer na sua vida. Quando os seus filhos se tornarem independentes financeiramente, por exemplo, você poderá pagar um seguro mais barato, com uma indenização menor.
Que cuidados é preciso ter ao contratar o seguro?
É importante que você saiba exatamente que pacote de coberturas está contratando, pois eles podem ser muito diferentes um do outro. “Converse com um corretor de seguros, alguém que possa auxiliar você a entender o que precisa”, orienta o presidente da FenaPrevi, Edson Franco.
O corretor de seguros apresentará a você produtos de diferentes seguradoras. Essa pesquisa de mercado é essencial para comparar preços e coberturas, como destaca a técnica da Proteste Gisele Rodrigues.
No contrato, observe as exclusões, que são todos aqueles riscos que não serão cobertos pelo seguro que você escolheu. Algumas apólices possuem carência, um período em que não se pode usar o seguro, mesmo estando em dia com o pagamento.
Ao preencher o documento com todas as informações sobre a sua condição de saúde, seja o mais sincero possível, mesmo que corra o risco do seu seguro ficar mais caro. Em caso de má-fé, a seguradora pode recusar o pagamento da indenização.
Fonte: www.exame.abril.com.br
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